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17 de março de 2010

Modernidade em Baudelaire

A POESIA BRASILEIRA DO FIM DO SÉCULO XIX
E DA BELLE ÉPOQUE:
PARNASIANISMO, DECADENTISMO E SIMBOLISMO
Fernando Monteiro de Barros Jr. (UERJ)

"O traço mais distintivo de Baudelaire, porém, passa ao largo
das estéticas do segundo oitocentos, vindo desaguar proficuamente
no Modernismo do século XX. Baudelaire é reconhecidamente o
primeiro poeta a cantar as dores e as delícias da modernidade capitalista e burguesa, em um cenário novo e desconcertante na história da
cultura do Ocidente, o da grande metrópole urbana da era industrial,
com seus cafés, seus bulevares, suas avenidas, mas também com as
figuras marginalizadas pelo discurso otimista do Progresso e da Ciência.
O olhar desencantado do flâneur baudelairiano, aquele que
deambula pela Paris do Segundo Império sem direção definida, é o
que reconhece que “o século XIX é o mundo plasmado das coisas,
das mercadorias, mundo do homem inteiramente reificado, sem expressão
ou comunicação” (Matos, 1993, p. 25), e que “o progresso é
o mito sob o qual o mundo moderno esconde sua real natureza, o inferno
da repetição”

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