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22 de março de 2010

Impressionismo e modernidade

Fonte: Carlos Vidal em http://5dias.net/2010/02/21/tudo-o-que-tem-e-deve-saber-sobre-impressionismo-e-monet-particularmente-a-matriz-da-nossa-existencia-moderna/

"Espaço, atmosfera, realidade e conhecimento, no Impressionismo tornam-se interactivos, logo o princípio renascentista do quadro-janela (Alberti) esfuma-se, bem como a importância que no Renascimento adquiriu a perspectiva científica (Alberti, Brunelleschi). Este tópico é extremamente importante, pois muitos leitores pensam na perspectiva como fundação da modernidade, o que é de certo modo errado, pois ao longo dos séculos (de Caravaggio ao Impressionismo, passando por Velázquez e Manet) e perspectiva é aquilo que os pintores sempre quiseram violar! (dirá Clement Greenberg que a essência da pintura é a bidimensionalidade e a planitude, mas esta é outra história).

Concluindo, o espaço impressionista é atmosférico, cromático, não-perspéctico ou, de outro modo, aspirante a uma tridimensionalidade óptica (apenas óptica!). Se o cérebro em Bergson é campo de acção, na pintura é a retina que é esse campo de cruzamentos e supressão de distâncias entre observador e coisa observada. Outra das razões porque a pintura impressionista é fundadora da modernidade, radica na sua intenção de criar algo não dependente da realidade e dos objectos."

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