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15 de março de 2010

Estética clássica



O clássico é sempre transparente, claro, racional e diurno. O conhecimento proporcionado pela razão nunca permite sombra ou dúvida. Ele é tão simplesmente solar. O ponto de partida da estética clássica é a idéia de que a natureza é concebida em termos de razão, regida por leis, e a obra de arte deve refletir necessariamente tal harmonia. A obra de arte é a imitação da natureza e, imitando-a, imita seu concerto harmonico, sua racionalidade profunda, as leis do universo.
No fundo, o pressuposto fulcral da estética clássica é a supressão da subjetividade, em nome de um sujeito dotado de razão - razão universal, bem entendido. Neste universo regido pela razão - faculdade do artista mas que não lhe é exclusiva - o artista desaparece por trás da obra. Ele e a sua subjetividade, porque afinal, a obra é que vale como tal e não pelo que ela diz de seu criador. Daí a importancia de procedimentos que assumem um carater de regra e normatização. Pode-se, portanto, afirmar que a arte classica nao quer diferenciar a individualidade: ela busca o típico e o geral; busca pelo universal.
Neste univejrso, o artista clássico é um mero artesão, seguindo regras estabelecidas as quais se conforma e se ajusta humildemente. E a obra clássica deve ser didática, deve veicular ensinamentos e verdades que elevem o conhecimento e contribuam para o aperfeicoamento do genero humano. A obra clássica fala à razão do espectador.

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