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15 de março de 2010

Ethos romântico

O ethos romântico é marcado pelo desespero e desilusão, por uma melancolia indefinível. A vida perde todo seu significado; não há nada que merece ser ardentemente desejado. Única ação sensata é o suícidio. O universo do herói romântico é cindido pela distinção absoluta entre o mundo exterior e o mundo interior. O resultado é a misantropia, existência irreal, abstrata, egoísmo. Ele é anti-burguês.
O romântico vai se caracterizar pela renúncia à vida ativa, renunciando ao mundo, ao público, que ele considera vulgar e incapaz de entender a sua obra. A boêmia burguesa será uma tentativa de se distinguirem do burguês, como o dândi, pelo uso de roupas, chapéus, barbas, colete vermelho, indumentária vistosa e brilhante. Quanto ao burguês, ele o odeia. Detesta a sua vida regulada e disciplinada, tudo o que lhe é tradicional, aprendido, convencional, amadurecido e sereno.
A figura do jovem encarnará o movimento, em oposição extremada à serenidade da maturidade. Pela primeira vez, o jovem é considerado o representante natural do progresso.
O protesto contra os valores burgueses, seus gostos e suas preferências estéticas, leva a afirmação da arte pela arte, a arte como um supremo jogo e de a gozar como um secreto paraíso defeso aos simples mortais. Arte renuncia a toda atividade política e social, recusa-se a mudar o mundo. A arte tem o objetivo de uma capitulacao passiva perante a vida.

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